Pela primeira vez, a música.
Pela primeira vez, o raio,
o nunca visto.
Meto-me em caverna,
e o muito conhecido
é contemplado com assombro.
Nada é natural.
Tudo parece sobrenatural.
E tem regozijo,
ao sol,
no final da tempestade.
Os pássaros gorjeiam,
pela primeira vez.
E os livros de ciência
são relatos de lendas
comprováveis.
Nasceu-me uma coisa que se chama "tomate",
no quintal.
E, pela primeira vez,
tenho certeza de que
nunca existi.
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