"Virgem, óleo d´oliva dos meus avós maternos.
Ombros untados com azeite de ser mais puro,
Com majestade, majestade virginal.
As tuas mãos são a verdadeira festa de aniversário,
De um sol que teima em renascer,
De cinzas apalermadas,
Neste mesmo horizonte que deixa espaço para os sonhos.
Perfume de Alecrim Dourado,
Pele a ser inaugurada,
Fantasias recém tiradas da embalagem...
Venha ver,
Estes pássaros brincam na poça d´água,
E não se importam com as meninas enrubescidas,
Cheias de ímpeto,
Buscando a perda da pureza,
Felicidade dentro de sutilezas.
Sou virgem, desde que nasci.
E nasço sempre que penso que me perdi.
Broto deste chão inumano.
Eu rendo as minhas homenagens,
Eu suplico por algum pedaço de carne,
Virgem,
Alma subtraída."
Gustavo Laranjeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário