Horizontes perdidos
Pela felicidade de haverem manhãs tão metálicas de sol
E de ferirem tão vivamente as folhas próximas e as flores
E os muros, em amarelos e em brancuras energéticas,
Vêem-se horizontes muito perfeitamente, a certa altura,
Desde que nos elevamos um pouco, à ribanceira do vale:
Horizontes vivos! Vivos! Vêem-se detalhes de muito longe...
Mas aos poucos, de se formarem chuvas, vai anoitecendo
Este dia, nascido de sol... O calor excessivo da manhã
Já o orvalho evaporou; apagam-se em penumbras, os quintais...
E os horizontes são perdidos... perdidos horizontes... perdidos...
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