quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"Virgem, óleo d´oliva dos meus avós maternos.

Ombros untados com azeite de ser mais puro,

Com majestade, majestade virginal.

As tuas mãos são a verdadeira festa de aniversário,

De um sol que teima em renascer,

De cinzas apalermadas,

Neste mesmo horizonte que deixa espaço para os sonhos.

Perfume de Alecrim Dourado,

Pele a ser inaugurada,

Fantasias recém tiradas da embalagem...

Venha ver,

Estes pássaros brincam na poça d´água,

E não se importam com as meninas enrubescidas,

Cheias de ímpeto,

Buscando a perda da pureza,

Felicidade dentro de sutilezas.

Sou virgem, desde que nasci.

E nasço sempre que penso que me perdi.

Broto deste chão inumano.

Eu rendo as minhas homenagens,

Eu suplico por algum pedaço de carne,

Virgem,

Alma subtraída."


Gustavo Laranjeira

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