quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Vagavam tristes, os perfumes da noite:

magnólias de eucaliptos, filigranas de pitangueiras,

uvas de chuva nos montinhos de areia

nas estradas de areia

das estradas de areia

e o vento no asfalto: o óleo e o diesel

correias

e fricção de borrachas –

e a cana fruindo o seu devaneio de álcool...

fumaças

de grandes fornos

Fluíam sonhos, como quimeras

de grandes olhos

– pois as estrelas faltavam;

a chuva chegou

e a primavera tem laços do inverno

seu avô

já é pequena, e logo vai debutar

com seu vestido amarelo

vestindo outubro e setembro –

mas irá se casar com novembro

e terão um filho, em dezembro

então, o verão será pai do outono

que viverá na maternidade

de abril e maio

(mas como eu posso cantar

se a tua beleza é indizível

e de indivisível mar..?)

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