quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O inverno inclinou as moitas. Crestou as moitas. Ah, o meu amor de sol; hoje ela passeia sem peias. O pássaro vem cantar em tua cerca. Ó meu amor de sol! Anoitece. Sei que estás do outro lado. À noite, sonho contigo.

As fumaças da manhã encheram meus canteiros. A quem iria reclamar? Agora, o sol já evaporou o vapor, há muito tempo. E os taboais têm um novo verde.

Estou sozinha, aqui, em Chu Lang, e não posso atender ao teu apelo, à tua voz que me chama da distância. Porém, quando o sol raiar, eu terei expectativa de, ao meio-dia, ir à tua casa. Terei em vista esse dom da disciplina, que faz cumprir os ritos. Como eu queria entrar em tua casa, agora, e ver os teus parentes em fofos cobertores na sala aconchegante. Mas, verei, depois dos ritos. Depois dos ritos.


(canção da concubina de Chu Lang)

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