quarta-feira, 14 de setembro de 2011

o caramanchão de sombra

Jardim grego.
Noite na Grécia.
Na grécia noite estampada no muro,
sombras
das árvores de Duartina,o verde
dourado dos sóis da rua,imerso
na densidade súa da noite.
Uma liana de primavera encima o espaço
entre uma coluna e outra, de sombra;
folhagens negras rodeiam um espaço de ouro.
E eu penso no desperdício de tempo
que esse parnasianismo me causa...
Penso nisso, e as horas vão indo...
O que posso fazer, se o mistério é maior...
Seria uma boa maneira de passarmos a noite:
desceríamos à garagem de casa, ao pátio de lua cheia,
eu te faria sentar neste banco, entre folhagens e lianas,
ao meio do ouro do jardim; e diria versos daquele tempo
aos teus joelhos; e um gosto de frutas e de vinho;
uma estranha embriaguez viria do passado ou futuro...
Mas estou sozinho, nesta grécia noite...
E vejo sozinho, os arcos do jardim...

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